Investigadores do Massachusetts Institute of Technology [MIT] estão a desenvolver um software para diagnosticar a doença de Parkinson analisando a voz, durante uma chamada de três minutos.
A doença costuma manifestar-se cedo na voz, pois afecta a capacidade de controlar as cordas vocais e, através de um algoritmo de processamento de discurso, o software identifica as alterações.
Esta tecnologia é uma revolução na chamada telemedicina, cujo último grande avanço foi uma medida de prevenção da desidratação, cujo procedimento consiste em telefonarem a pessoas aleatórias e gritarem-lhes para irem beber água.
Num projecto paralelo, o mesmo grupo de investigadores procura combater o número crescente de pessoas que morrem devido a paragens cardio-respiratórias enquanto se encontram sozinhas em casa.
A ideia resume-se a criar um sistema
que identifica quando alguém entra em paragem cardio-respiratória e transmite um pedido de ajuda a um profissional de saúde destacado que, por sua vez, entra em contacto com o endereço telefónico em questão e procede com uma tentativa de reanimação pelo telefone - cuja mecânica está também a ser desenvolvida.
Contudo, apesar da aparente solidez do conceito, ainda não encontraram solução para o grande obstáculo que encontraram logo à partida e que os tem vindo a atormentar desde então:
quem vai atender o telefone?
A equipa apela a cientistas de todo o mundo para unirem esforços em busca de uma resolução, mas mantêm-se optimistas e esperam consegui-la nos próximos anos.