domingo, 10 de abril de 2011

subtileza

Há uns dias, ia de carro com um grupo de amigos e fomos solicitados a parar numa 'Operação STOP' da GNR [Guarda Nacional Republicana e não Guns N'Roses, embora a segunda hipótese fosse espectacular!].
Procedemos a uma paragem total do veículo, tal como nos foi ordenado [ao invés de uma paragem parcial, acerca da qual fiquei desde então a tentar compreender a mecânica] e o agente da GNR aproximou-se da janela do condutor, formulando a seguinte questão, após requisitar os documentos do condutor e da viatura:

"o sr. tem algo que o comprometa?"

nesta situação podemos responder:

"não, senhor agente. Não tenho em minha posse qualquer artigo ilegal e espero honestamente que a minha resposta satisfaça a sua curiosidade de âmbito profissional. Contudo, desde já declaro que me encontro disponível para responder com sinceridade a qualquer outra questão que me queira colocar e que o ajude no cumprimento do seu trabalho."

ou então:

"sim, senhor agente. Tenho neste momento em minha posse 20Kg de cocaína. Estão dentro da mala, no compartimento do pneu suplente, onde guardo também uma caçadeira de canos serrados, duas pistolas de 9mm e uma besta, da qual, tal como acontece com a caçadeira e com as duas pistolas, não possuo licença de porte. Talvez tenha alguma dificuldade em aceder ao compartimento, devido às 3 mulheres que transporto na mala e que raptei com intenção de exportar para um país de leste, condenando-as à prostituição. A dificuldade poderá ser agravada pela eventualidade de uma delas já se encontrar morta, pois julgo ter exagerado na força com que lhe bati na nuca enquanto a violava, dado que ela não estava a cooperar. Contudo, ainda bem que me livrei do puto que não parava de gritar enquanto eu violava a mãe. Esse já não grita mais.
Tenha atenção para não se cortar na porcelana partida que está espalhada no compartimento do pneu suplente.
Resumindo uma longa história: na semana passada assaltei um museu, estava a arrumar o saque, houve um tiroteio com a polícia, um dos vasos foi atingido por uma bala, partiu-se e desde então ainda não tive tempo para roubar outro carro. Pelo menos acertei com um tiro no agente que partiu o vaso, por isso ele também não se ficou a rir...
E por favor... Por favor! Seja extremamente delicado ao revistar a mala, pois lá também transporto um míssil balístico e uma barra de urânio que estou a guardar para cometer genocídio.
Pronto... Não havia forma possível de esconder dado o modo astuto como a pergunta foi colocada; fiquei rendido a tamanha perspicácia!"


Nota: a segunda hipótese de resposta fará com que o agente recue cerca de 20 metros e chame reforços.

sábado, 9 de abril de 2011

reuniões de tupperware

exacto, a assembleia das donas de casa, desesperadas ou não, mas que certamente não têm grande ocupação, dado que estão dispostas a abdicar de uma bela 6ª feira à noite para dissertar acerca de recipientes de plástico.

Até aqui o fascínio é evidente: "Tupperware... Wow..."

Gostava de saber quem foi o indivíduo que convocou a 1ª assembleia para discutir e fazer demonstrações destes objectos comuns, os tupperwares, como se fosse o Cristóvão Colombo após ter descoberto a América.

Além disso: porquê tupperwares?
Julgo que existem utensílios de cozinha bem mais complexos que tupperwares, e mais merecedores de uma reunião em seu nome:

por exemplo, as cafeteiras.

Não é qualquer pessoa que faz um café decente numa cafeteira. É preciso ter em conta o rácio água/café, de forma ao café não sair fraco, ou forte demais.

Podemos sofrer queimaduras graves, se não fixarmos devidamente a base da cafeteira.

Com a má utilização de uma cafeteira, podemos acidentalmente obter uma bomba artesanal; podemos morrer na cozinha!
Não quero que a última coisa que faço antes de morrer seja colocar uma cafeteira ao lume e aproximar a cabeça para ouvir melhor quando ela começa a fazer ruídos estranhos!

Tudo o que queria era um café...

As cafeteiras produzem cerca de 2300 vítimas por ano.
Os sobreviventes deixam de ser capazes de apreciar um bom café.



13 de Julho de 1985; o pequeno João tinha 6 anos e enquanto se encaminhava para a cozinha, ouviu um estrondo. Milésimos de segundo depois, viu a cabeça da mãe embater com violência na parede em frente a ele, separada do resto do corpo e suja de café.


Hoje o pequeno João tem 32 anos. Em estado catatónico desde então e incapaz de tomar café, João bebe batidos após cada refeição.
João pesa 143Kg e tem ataques de pânico de cada vez que vê uma cafeteira.

Vamos convocar "reuniões de cafeteiras", temos que alertar as pessoas!

O pequeno João agradece.
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