terça-feira, 10 de julho de 2012

Notícia de última hora IV:

Investigadores do Massachusetts Institute of Technology [MIT] estão a desenvolver um software para diagnosticar a doença de Parkinson analisando a voz, durante uma chamada de três minutos.
A doença costuma manifestar-se cedo na voz, pois afecta a capacidade de controlar as cordas vocais e, através de um algoritmo de processamento de discurso, o software identifica as alterações.
Esta tecnologia é uma revolução na chamada telemedicina, cujo último grande avanço foi uma medida de prevenção da desidratação, cujo procedimento consiste em telefonarem a pessoas aleatórias e gritarem-lhes para irem beber água.

Num projecto paralelo, o mesmo grupo de investigadores procura combater o número crescente de pessoas que morrem devido a paragens cardio-respiratórias enquanto se encontram sozinhas em casa.
A ideia resume-se a criar um sistema que identifica quando alguém entra em paragem cardio-respiratória e transmite um pedido de ajuda a um profissional de saúde destacado que, por sua vez, entra em contacto com o endereço telefónico em questão e procede com uma tentativa de reanimação pelo telefone - cuja mecânica está também a ser desenvolvida.
Contudo, apesar da aparente solidez do conceito, ainda não encontraram solução para o grande obstáculo que encontraram logo à partida e que os tem vindo a atormentar desde então:

quem vai atender o telefone?


A equipa apela a cientistas de todo o mundo para unirem esforços em busca de uma resolução, mas mantêm-se optimistas e esperam consegui-la nos próximos anos.

sábado, 7 de julho de 2012

velhos e autocarros

Irritam-me aqueles idosos - ou velhos, se nos deixarmos de merdas - que estão convencidos de que os lugares da frente do autocarro lhes pertencem, como se fosse algum direito adquirido, complementar ao 'pacote reforma'.
Há lugares reservados, sim, mas estão destinados a grávidas, pessoas com crianças de colo e deficientes físicos.
Nunca vi qualquer aviso onde fosse legível que aqueles lugares estão reservados para velhos azedos e sem maneiras. E como não é habitual ver muitos velhos grávidos ou com crianças de colo, não sinto obrigação alguma de ceder o lugar a estas pessoas, mesmo quando começam a chorar ao meu lado e a dizerem que estão muito cansados, enquanto seguram quatro sacos com compras do Lidl e batem com a cara nos vidros do autocarro de cada vez que o motorista trava. Além disso, nem sequer dá tempo para eu ficar realmente incomodado, pois graças à sua falta de equilíbrio, não tarda muito até irem às cambalhotas para as traseiras.
O princípio da deficiência poderia ser discutível, mas em alguns casos é necessário salientar que este não se refere a deficiência mental, mas sim física; e independentemente do estado terminal no qual estes indivíduos aparentam encontrar-se, eu não vou ter isso em consideração, dado que acabei de os ver a executarem uma série de placagens quando pensavam ter visto um lugar vazio na parte de trás do autocarro. Nessa situação pareceram-me bastante saudáveis!

Comigo é assim que funciona. Estes são os meus termos.
Quem gostar, gosta; quem não gostar, que ficasse em casa a ver o Preço Certo.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Três!

É só para esclarecer algumas pessoas de que a expressão 'repetir uma segunda vez' implica que o indivíduo em questão fez o que quer que seja que está em discussão três vezes; não duas.
Parece que nem a comunicação social acerta com esta.

Por exemplo:

'O Reinaldo comeu tudo e ainda repetiu uma segunda vez.'

Isto significa que o Reinaldo comeu o primeiro prato (1), repetiu (1 + 1), e ainda repetiu novamente - ou 'repetiu uma segunda vez' (1 + 1 + 1 = 3).

Achei relevante salientar isto, dada a notória dificuldade que muita gente tem em aplicar esta expressão - e como sabem, estou aqui para ajudar!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...