sexta-feira, 28 de outubro de 2011

belzebu mental

Por vezes, em circunstâncias aparentemente inocentes, surgem-me pensamentos involuntários acerca de como algo poderia correr de forma desagradável; como por exemplo, estar a segurar o bebé recém nascido de alguém e ao mesmo tempo estar a imaginar como toda a situação se desenvolveria se porventura o deixasse cair, ou se simplesmente o largasse intencionalmente. Sim, porque neste momento - por algum motivo - dou por mim a ponderar se devo ou não intervir e verificar o resultado. E é certo que estou curioso!
Às vezes estou no carro de outra pessoa, sentado ao lado do condutor e subitamente questiono-me sobre o que aconteceria se eu puxasse o travão de mão em plena auto-estrada, enquanto chove, ou se abrisse a porta em andamento. Ou durante uma cerimónia na igreja - às quais entusiasticamente evito ir -, numa determinada altura em que está um silêncio de morte, penso em como seria constrangedor para toda a gente se eu soltasse um estrondoso flato.
E quem, por exemplo, já esteve num jantar com uma família alheia, onde também lá se encontra um daqueles miúdos mimados e irritantes que estão constantemente a tentar chamar a atenção, e espontaneamente começou a imaginar como seria a recção geral se lhe desse um berro para o calar, ou se calmamente se levantasse do lugar, caminhasse até ele e lhe enfiasse um soco? Eu já. Várias vezes.
Não tenho controlo sobre estes pensamentos e nem sei porque é que os tenho, para começar.
Suponho que seja a forma que o meu subconsciente encontrou para me manter entretido, quando percebe que estou prestes a ficar aborrecido em determinada circunstância. Ou então preciso de um daqueles casacos brancos, que se vestem ao contrário e com os braços cruzados.
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