quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ensaio religioso

Transcende-me a forma como alguns indivíduos que nasceram na chamada 'Era da Informação' e seguidores de uma determinada religião, não se questionam relativamente ao motivo pelo qual não seguem outra religião qualquer - e há realmente muito por onde escolher!
Transcende-me também a forma como alguns acreditam veementemente que não foram simplesmente endoutrinados, enquanto crianças, com a religião dos familiares próximos e refutam tal observação - facto, na verdade - com 'a escolha foi minha!'.
Insisto em perguntar a cristãos, que religião acham que seguiriam se eventualmente tivessem nascido no Irão, no seio de uma família muçulmana... Nunca obtive uma resposta concreta. Os mais imersos na religião - também conhecidos como fanáticos - respondem com chavões do género 'deus escreve direito por linhas tortas... De alguma forma o meu deus haveria de chegar até mim!', o que é simplesmente frouxo e penoso. Mas, já agora, como é que isso haveria de acontecer? Após um atentado bombista a uma livraria, uma bíblia saía disparada do meio da explosão, batia-lhes na cabeça e o impacto era tão forte que eles achariam boa ideia idolatrar um deus que inevitavelmente os levaria à morte, dado que - não se esqueçam - se encontrariam em pleno Irão?! Além do mais, não creio que bíblias sejam algo que se veja com frequência no Irão. Nem livrarias, agora que penso nisso.
Regressando ao primeiro parágrafo, há também quem diga que embora os familiares sejam cristãos, nunca os instigaram a nada e que sempre tiveram escolha. Pois sendo que a escolha era 'ou acreditas NESTA religião, ou não.' com um implícito 'nós acreditamos todos!' acrescido, não me parece que ela tenha realmente existido.
Na generalidade das situações e para garantirmos uma escolha acertada, devemos considerar TODAS as opções disponíveis. Algo que claramente não acontece nesta circunstância. Como já referi antes, existem inúmeras religiões e talvez até a criança decidisse que seguiria a cientologia - o que seria um bom indicador de que o puto é uma besta, e de que o seu desenvolvimento a partir daquele momento seria sempre acompanhado por um severo défice de inteligência.
Mas, numa segunda análise, porque é que uma criança haveria de escolher uma determinada religião, para começar? A mesma criança que não tem aptidão para escolher um partido político, não tem aptidão para votar, e pelos mesmos motivos não pode ser totalmente responsabilizada pelas suas acções, subitamente possui aptidão suficiente para integrar um determinado grupo religioso e ter uma posição moral relativamente à origem do Universo?
Que seriedade é esperada de qualquer religião, tendo em conta estes termos?
E que credibilidade tem qualquer religião, tendo em conta que as crenças variam conforme a zona do globo em que nos encontramos?

Quando o grupo no qual estás inserido te começa a privar de pensar, então é a altura perfeita para sair.
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